Para um ano, uma palavra, e espelho
tudo o que aqui publico: paixão. Se
há palavra em que me repito, p-a-i-x-ã-o é
a palavra. O blogue começa com a
confissão de que sou apaixonada e, um ano depois – eu, que apaixonada me
confesso – ainda aqui estou. Escrevo sobre Gastronomia, Cultura e Ciência
enquanto palcos para uma paixão maior [O Porto. A minha cidade.] e, se não tenho carteira de jornalista mas sou
jornalista de formação, o grosso das publicações que por aqui habitam alimentam
esse monstro que é misto de curiosidade e sede profissional.
Um ano!, repito ainda incrédula
para comigo mesma, porque fundei um blogue que é, afinal, uma espécie de casa
com comida sobre a mesa e aqui, tantas vezes, recebo profissionais incríveis e
pessoas excepcionais.
Mariana Leão (Amarelo
Torrada), Bruno Lisboa, Maria Edite Martins (Maria Bôla), Tiago Gomes (Godmess),
Manuel Sousa (Livraria Lello), Mariana a miserável, Nuno Freitas (Spirito
Cupcakes & Coffee), Joana Pinheiro (Mercador Café), José António Roda,
C’Marie, Marta Vilarinho de Freitas, Virgínia Bolos, Luísa Faria (Faculdade de
Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto), Filipe Granja (mynameisnotsem),
Raquel Barbosa (Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade
do Porto), Ricardo Rodrigues (Esquina do Avesso, Terminal 4450, Sushiaria) e
Pedro Braga (Mito): obrigada!
O blogue começa como um
desafio, porque saber escrever não é saber escrever para este discurso – e
público! – em particular, e porque aqui impera (o desconforto d’)a redacção autobiográfica,
que tanto se distancia do registo do jornalismo. Fica por partilhar, por isso, este
ano, muito do que acredito ainda vos dever.
Recolher e tratar informação é
que é aqui a coisa séria: de contacto quase sempre auto-iniciado, as
entrevistas são normativamente presenciais, e eu não tiro notas – não levo
caderno de apontamentos – porque para entrevistas que são, na sua essência,
conversas, a mim (só) me compete ouvir. Ao pescoço, a máquina fotográfica. Na
mão, o gravador. A verdade, que é (quase) sempre relativa, escrevo-a ao
reouvi-la, em casa, pela palavra do interlocutor, e não há entrevista que tenha
sido publicada sem uma confirmação final.
Outras entrevistas houve que
ficaram por publicar.
Um ano, e não celebramos
incalculáveis publicações por semana, nem uma contínua lista (in)finita de
patrocínios e do que mais não foi, mas celebramos, porque felizes – ainda aqui
estamos! – e o começo, que é sempre o mais difícil, já passou.
Este ano as entrevistas
continuam e as publicações de carácter autobiográfico – sob promessa de esforço
de aumento – também. À novidade, o youtube
para partilha de experiências gastronómicas e as receitas que, ainda que já por
aqui, agora com nova roupagem.
Gosto tanto de vocês!
Obrigada.
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